Estamos aqui para te ouvir.

Nossos conteúdos foram feitos especialmente para te ajudar a passar pelos momentos difíceis da vida. Mas estamos aqui disponíveis para conversar com você através de nossos canais.

Eles entram, saem, correm, pulam, sobem, descem, estão sempre em movimento. Interrompem, perguntam, se intrometem, fazem barulhos, suspiram, mexem muito as mãos ou os pés, passam muito tempo procurando, organizando, e de repente percebemos que ainda não começaram a fazer o que se propuseram. Muitas vezes, isso causa desconforto e é interpretado como má conduta, desobediência ou até mesmo como uma brincadeira por parte deles. Outras vezes, eles simplesmente ficam parados, em silêncio, com o olhar fixo ou perdido, e quando devem responder ou agir, parecem ter perdido o momento, simplesmente não perceberam o que aconteceu. Geralmente, nesses casos, podemos estar diante de um Transtorno de Déficit de Atenção – TDA.

Você acha que isso é normal e vai passar, ou é algo que te preocupa?

Você encontra maneiras de impor limites a essas situações, ou sente que tudo o que faz não tem resultados que ajudem a criança a se adaptar em seu comportamento?

Vamos falar sobre isso.

Elas vivem como se estivessem distraídas, apresentando um alto índice de desatenção. Muitas vezes, são confundidas com crianças preguiçosas.

É de suma importância começar a abordar esse tema de forma a prevenir problemas que se tornarão cada vez mais comuns no cotidiano.

4% a 7% das crianças no mundo são afetadas pelo Transtorno de Déficit de Atenção.

ATENÇÃO:
Este texto procura trazer apenas alguma orientação e informação sobre TDA e TDAH. Busque sempre um profissional de saúde (médico, psicólogo, psiquiatra, psicopedagogo, entre outros) para orientar você sobre diagnósticos e tratamentos.

O transtorno de déficit de atenção é uma dificuldade complexa, pois define uma alteração na função de atenção, na maioria dos casos acompanhada por hiperatividade e impulsividade, resultando em uma desorganização comportamental e cognitiva. Não necessariamente está associado a um QI baixo e, na verdade, pode ser normal ou até acima da média. No entanto, devido às suas características e consequências, faz parte do grupo de transtornos de aprendizagem.

Nos últimos anos, o TDA tem sido cada vez mais conhecido, superando as barreiras do sobrediagnóstico e levando em consideração os dados científicos. Hoje em dia, sabe-se que entre 4% e 7% das crianças em idade escolar sofrem com o TDA, com ou sem hiperatividade, e muitos são diagnosticados tardiamente. As pesquisas científicas realizadas pela Psiquiatria e Neurociências têm diferenciado entre:

TDA (Transtorno de Déficit de Atenção)

TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade)

Isso significa que existe um subtipo de TDA sem hiperatividade e outro subtipo de TDA com hiperatividade, que é o mais comum.


O primeiro, Transtorno de Déficit de Atenção sem hiperatividade (menos comum), é caracterizado por passividade, lentidão, sonolência, falta de vitalidade e energia. Alguns chamam essas crianças de sonhadoras, pois têm problemas para regular seu estado de alerta e focar a atenção. Elas vivem como se estivessem distraídas, apresentando um alto índice de desatenção. Muitas vezes, são confundidas com crianças “preguiçosas” e o diagnóstico é mais difícil e demorado do que nos casos em que a hiperatividade está presente.

O segundo, Transtorno de Déficit de Atenção com hiperatividade, é caracterizado pela presença do déficit de atenção em comorbidade com sintomas de hiperatividade e impulsividade. A criança/pessoa com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade geralmente apresenta dificuldades nas funções executivas, regulação emocional e motivação. Por isso, é importante conscientizar sobre um transtorno que afeta crianças e adultos. O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento e seus sintomas centrais são:

  • Falta de atenção: Crianças com falta de atenção (que se distraem facilmente) têm problemas para focar sua atenção, concentrar-se e permanecerem engajadas em uma tarefa. Elas podem não ouvir bem as instruções, perder detalhes importantes e não concluir o que começaram. Podem parecer distraídas ou esquecidas e não lembrar onde deixaram suas coisas.
  • Hiperatividade: Crianças hiperativas são inquietas, agitadas e ficam entediadas facilmente. Podem ter dificuldade para ficar sentadas ou em silêncio quando necessário. Podem realizar as coisas rapidamente e cometer erros por descuido. Podem escalar, pular ou fazer muito barulho quando não deveriam. De uma forma não intencional, seu comportamento pode incomodar outras pessoas.
  • Impulsividade: Crianças impulsivas agem rápido demais e sem pensar. Frequentemente interrompem, empurram ou colidem com outras pessoas e têm dificuldade em esperar. Podem fazer coisas sem pedir permissão, usar coisas que não lhes pertencem ou agir de forma arriscada. Podem ter reações emocionais que parecem ser intensas demais para a situação.

Às vezes, pais e professores percebem sintomas de TDAH quando a criança é muito jovem. No entanto, é normal que crianças pequenas se distraiam facilmente, sejam inquietas, impacientes ou impulsivas. Essas características nem sempre indicam que uma criança tem TDAH.

A atenção, a atividade e o autocontrole se desenvolvem gradualmente à medida que as crianças crescem. Elas aprendem essas habilidades com a ajuda de seus pais e professores. No entanto, algumas crianças não melhoram muito em aspectos como prestar atenção, acalmar-se, ouvir ou esperar. Quando essas características persistem e começam a causar problemas na escola, em casa ou com os amigos, é possível que seja um caso de TDAH. Procure um profissional de saúde para orientar você sobre diagnósticos e tratamentos.

Estamos aqui para te ouvir!

Temos um ambiente seguro e confidencial para você falar com alguém da nossa equipe.

Quais são as causas do TDAH?

Não está claro o que causa as diferenças específicas do TDAH no cérebro. Há evidências de que o TDAH é quase sempre hereditário. Muitas crianças com TDAH têm um pai ou parente com TDAH. As crianças também são mais propensas a ter TDAH quando nascem prematuras, são expostas a toxinas ambientais ou suas mães consomem drogas durante a gravidez. O TDAH não é causado pelo fato de a criança passar muito tempo em frente às telas, por má educação em casa ou por comer muito açúcar.

Como o TDAH é diagnosticado?

Entre 2 e 4 anos de idade, a hiperatividade pode ser considerada normal; a partir dos 5 anos, um agravamento desse comportamento exigirá uma consulta com um especialista. A hiperatividade é uma descarga motora em situações que geralmente geram ansiedade, angústia ou insegurança na criança. Se você suspeitar que seu filho possa ter TDAH, marque uma consulta com o médico dele ou consulte um profissional psicopedagogo ou ainda uma avaliação neuropsicológica. Geralmente, é feita uma revisão que inclui avaliação da visão e audição, para garantir que não haja outra condição causando os sintomas. Para diagnosticar o TDAH, os profissionais começam fazendo perguntas sobre a saúde, comportamento e atividade da criança. Eles conversam com os pais e com o paciente sobre o que notaram. Geralmente, um diagnóstico desse tipo não pode ser fechado antes dos 5 anos, pois muitas características mencionadas podem ser consideradas normais até essa idade e começam a diminuir. O profissional que está avaliando pode pedir que você preencha questionários ou listas de verificação sobre o comportamento da criança e também podem solicitar que os professores respondam a alguns questionários. Após coletar essas informações, os médicos diagnosticarão o TDAH se:

  • Os problemas da criança em prestar atenção, sua hiperatividade ou impulsividade forem acima do normal para sua idade.
  • Os comportamentos estiverem presentes desde que a criança era pequena.
  • Eles afetarem a criança tanto na escola quanto em casa.
  • A revisão médica mostrar que essas dificuldades não são causadas por outro problema de saúde ou transtorno de aprendizagem. Muitas crianças com TDAH também têm problemas de aprendizagem, comportamentos opositores e desafiadores, problemas de ansiedade ou humor. Os profissionais geralmente tratam esses problemas em conjunto com o TDAH.

De acordo com o diagnóstico e suas características, os tratamentos podem incluir um ou mais profissionais, como neurologista, psicopedagogo, psicólogo ou psiquiatra.

Como é tratado o TDAH?

O tratamento do TDAH geralmente inclui:

  • Medicamentos: São utilizados medicamentos que ativam a capacidade do cérebro de prestar atenção, acalmar-se e usar mais autocontrole.
  • Psicoterapia: Os psicólogos podem ajudar as crianças a desenvolver habilidades sociais, emocionais e de planejamento que estão pouco desenvolvidas devido ao TDAH.
  • Aconselhamento e treinamento para os pais: Os pais aprendem sobre a melhor maneira de lidar com os problemas de comportamento que fazem parte do TDAH.
  • Apoio na escola: Os professores podem ajudar as crianças com TDAH a ter um melhor desempenho e desfrutar mais da escola.

O tratamento adequado ajuda a melhorar os sintomas de TDAH. Os pais e os professores podem ensinar as crianças mais novas a melhorar sua atenção, comportamento e emoções. À medida que crescem, as crianças devem aprender a melhorar sua atenção e autocontrole.

Quando o TDAH não é tratado, as crianças têm dificuldade em progredir. Isso pode levar à baixa autoestima, depressão, comportamento opositor, fracasso escolar, comportamentos de risco e/ou conflitos familiares.

Como os pais podem ajudar?

Se o seu filho ou filha for diagnosticado com TDAH:

  • Aceitação: É o primeiro passo para ajudar seu filho a progredir. A aceitação da nova realidade geralmente leva um tempo após o diagnóstico, mas é de vital importância para tudo o que virá depois.
  • Envolvimento: Aprenda o máximo possível sobre o TDAH. Siga o tratamento recomendado pelo profissional de saúde que cuida do seu filho. Acompanhe-o em todas as consultas médicas e terapias agendadas.
  • Administrar os medicamentos com segurança: Se seu filho estiver tomando medicamentos para o TDAH, observe sempre os horários e doses recomendados. Mantenha os medicamentos em um local seguro.
  • Trabalhar com a escola do seu filho: Converse regularmente com os professores do seu filho para saber como ele está se saindo na escola. Trabalhem juntos para ajudar seu filho a ter bom desempenho escolar. É muito importante que os profissionais responsáveis também possam se conectar com a escola, fornecendo relatórios e orientações específicas para o trabalho com o aluno.
  • Eduque seu filho com resolução e carinho: Aprenda quais abordagens educacionais são melhores para crianças com TDAH e quais podem piorar a situação. Fale sobre o TDAH com seu filho, de forma aberta e motivadora. Foque nos pontos fortes e nas qualidades positivas dele.
  • Conecte-se com outras pessoas para receber apoio e conhecimento: Junte-se a um grupo de apoio para obter atualizações sobre tratamentos e outras informações relacionadas ao TDAH.

Os sintomas do TDAH podem melhorar quando as crianças recebem tratamento, têm uma alimentação saudável, praticam exercícios físicos, dormem o suficiente e contam com o apoio de pais que sabem como lidar com o TDAH.

Por fim, é importante falar sobre o prognóstico do TDAH, ressaltando que, com orientação comportamental, apoio externo e acompanhamento familiar, além de respeitar sua diversidade e promover suas capacidades e potencialidades, a criança pode alcançar o que gosta e se propõe ao longo da vida.

Por isso, veja a seguir alguns casos de pessoas famosas com diagnóstico de TDAH:

  • Steve Jobs, co-fundador da Apple.
  • Michael Jordan, lendário jogador de basquete da NBA.
  • Michael Phelps, nadador e medalhista olímpico.
  • Jim Carrey, ator.
  • Will Smith, ator.
  • Sylvester Stallone, ator.
  • Leonardo da Vinci, pintor.
  • Albert Einstein, cientista.

Isso não significa que uma pessoa com essa condição “será ou estará” destinada a ser bem-sucedida ou famosa, apenas queremos exemplificar casos concretos em que, com ajuda e orientação, qualquer pessoa com TDAH pode progredir positivamente .

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E O QUE MAIS?

O TDAH é o transtorno neurocomportamental mais comum na infância e está entre as condições com maior prevalência em crianças em idade escolar, sendo que em pelo menos 70% dos casos persistirá na adolescência e em 50% na vida adulta. Os principais sintomas incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade. Como consequência desses sintomas, as crianças podem enfrentar problemas significativos de funcionamento na escola, baixo desempenho acadêmico, dificuldade na regulação emocional, problemas interpessoais, tanto no âmbito familiar como no social, e baixa autoestima.

Os três grupos sintomáticos não precisam necessariamente estar presentes de forma conjunta, por isso o diagnóstico reconhece um tipo predominantemente hiperativo e um tipo combinado. Os pediatras estão entre os primeiros profissionais procurados por pais e professores para avaliar crianças com TDAH. O reconhecimento precoce da condição, seguido de aconselhamento adequado, pode modificar com sucesso o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança com TDAH.

Por fim, é importante ressaltar que o déficit de atenção está se tornando cada vez mais frequente em crianças e adultos. O ritmo de vida acelerado, a alta exposição a telas, a falta de tranquilidade, ritmo, organização e certa disciplina na realização de atividades sem explicação para as crianças desde muito cedo resultaram em dificuldades cada vez maiores nesse aspecto. A falta de contato visual, de prestar atenção em nossos filhos e entes queridos quando falam conosco, distraídos com telas que absorvem nosso tempo e atenção, levam a déficits de atenção com indicadores cada vez mais altos, tornando-se cada vez mais comuns na vida cotidiana. Portanto, é de suma importância começar a abordar esse tema de forma a prevenir problemas que se tornarão cada vez mais comuns no cotidiano.

Segundo um renomado pedagogo e ensaísta espanhol, Gregorio Luri, doutor em Filosofia pela Universidade Autônoma de Barcelona: “A capacidade de uma pessoa se mover de forma inteligente na sociedade da informação depende de sua capacidade de atenção”. Trecho do vídeo: YouTube – Aprendemos Juntos “Precisamos educar a atenção de nossos filhos”. Gregorio Luri.

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