Por: Flávio Luis Horlle, psicólogo e pastor no Paraná – Brasil
“Nós o amávamos. Estava deprimido, mas quando mudou de atitude, parecia melhorar. Sentimos culpa em não ter lido os sinais e evitado essa tragédia”.
“Dor tão grande, uma culpa que esmagava. Achava que as pessoas e o mundo ficariam melhor sem mim. Graças a Deus, não consegui. Hoje eu vejo como o sofrimento me cegava”.
Já ouvi esse tipo de relato de familiares e amigos que sofreram a perda de uma pessoa querida que tirou a própria vida. Também de pessoas que tentaram, mas não conseguiram. Reconheceram que Deus as livrou e providenciou a preservação da vida
Você se identificou com alguma dessas situações? Nesse mês de setembro estamos abordando o tema da prevenção ao suicídio.
O suicídio não é da vontade de Deus. Deus nos deu a vida, ele a tira quando achar melhor. O sofrimento, porém, pode estar tão grande que, não necessariamente, se quer matar a vida, mas acabar com a dor insuportável.
Isso me faz lembrar o texto bíblico de 1 Reis 19. 4, quando Elias disse para Deus: “Já chega, ó Senhor Deus! Acaba com a minha vida!”
Você diria que Elias pediu para Deus tirar a vida e não pensa em ele próprio tomar essa atitude, mas se olhamos o contexto, ele estava deprimido, rumou para o deserto sem água e comida e se deitou embaixo de uma árvore. A morte viria de qualquer forma.
Deus, porém, vai ao seu encontro e providencia um tratamento físico: comida, água e exercício. Emocional: Elias pode desabafar, colocar para fora. Espiritual: Deus mesmo estava providenciando a solução para o que parecia impossível.
Que interessante esse gesto de amor. Assim como Deus foi ao encontro de Elias, ele vem a nós também na sua Palavra consoladora. Essa palavra aponta para Jesus, que carregou o nosso sofrimento. E Deus também envia pessoas queridas que podem nos ajudar.
Não desista. Tem jeito. Através desse texto, Deus está falando com você!!