Por: Daniela von Mühlen, Psicóloga e Psicoterapeuta em Manaus – Brasil.
Com certeza você já ouviu falar do “Setembro Amarelo”. É o mês em que mais se lembra, se fala e se faz campanhas de prevenção ao suicídio.
Sabemos que o número de suicídios vem aumentando e não somente em setembro, alguns criticam o volume de campanhas apenas durante este mês. Mas penso que já é um grande avanço poder falar sobre este tema abertamente, pois até pouco tempo atrás quase não se falava, e ainda hoje este assunto é tabu em muitos lugares.
Pois bem, aqui no blog de Vivenciar.net iremos falar sobre suicídio durante este mês, pois trabalhamos o ano inteiro com conteúdos para pessoas que procuram este programa, e sabemos como é recorrente, necessário e urgente falar sobre suicídio aqui também. Acreditamos que falar, procurar ajuda e ser escutado é o melhor caminho.
Para falar de suicídio precisamos falar de morte e a maioria das pessoas tem muita dificuldade de falar em morte, pois isso expõe seus limites e fraquezas. Mas, falar é preciso, ajudar é preciso, perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda é preciso.
“Mas eu não sei o que fazer, muito menos o que falar…”. A pessoa que está numa crise suicida se sente sozinha e isolada. Se você se aproximar e perguntar “tem algo que eu possa fazer para te ajudar?”, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir.
Em geral, as pessoas correm menos riscos quando aceitam ajuda. Encontrar alguém que tenha disponibilidade para ouvir e compreender os sentimentos sem julgar, fortalece as intenções de viver.
É importante lembrar: Ao ajudar uma pessoa com risco de suicídio, você pode experimentar sentimentos variados ou mesmo desgaste físico e emocional. Não se esqueça de cuidar de si mesmo! É importante que você possa compartilhar seus sentimentos e obter apoio também. Tenha tempo para si, e para fazer coisas que gosta. Procurar ajuda não é sinal de fraqueza!