Por: Núbia – Psicóloga em São Leopoldo, RS – Brasil.
Algo novo no ar… literalmente no ar. Uma atmosfera contaminada por um vírus com o poder de modificar o modo de ser, pensar, agir e interagir de todos nós. As reações são variadas; existem os furiosos contra tudo e todos, outros que levam a vida como se nada estivesse acontecendo, alguns se adaptando à nova situação… outros ansiosos, estressados… em pânico.
A pandemia trouxe mudanças radicais, principalmente na rotina das famílias; filhos em casa o dia todo, casais igualmente tendo que interagir em tempo integral, e então, como administrar esse caldeirão prestes a explodir?
De acordo com o site g1.com, “Xiam”, capital da província de “Shaanxi, registrou um número recorde de separações em função do confinamento; muitos casais não aguentaram a alteração da rotina e a aproximação forçada do casal.
Outro registro significativo foi o aumento do feminicídio. Segundo a “Folha de São Paulo” o número dobrou no Estado e chama a atenção, novamente, para a violência doméstica. A quarentena aumentou a tensão nas relações conjugais e familiares, o consumo de álcool, a perda da renda e os demais problemas sócio econômicos.
Devemos estar certos que muitos são os desafios nessa “pandemia”; lembremos que as emoções estão à flor da pele para todos. A incerteza que paira no ar altera a nossa percepção e o modo de ver a vida e o futuro.
E agora, qual a solução? Refletir sobre o que depende de mim é um bom começo. A empatia, ou seja, ter conhecimento de que o outro, possivelmente, sente o que estou sentindo, me faz entender o porquê das suas reações e, assim, amenizar o estrago que a “tensão” e o confronto provocariam.
Em tempos de “pesados fardos” é importante tentar se adaptar. A pergunta: “vale a pena brigar por isso, me ressentir por aquilo, me ofender por aquilo outro?” sempre ajuda em todas as ocasiões.
Como vamos passar por isso? Depende de nós, das nossas ações e reações. Pense nisso.